Slow Travel em Punta Cana

Punta Cana, na República Dominicana, é o Caribe ideal para os viajantes que querem relaxar em resorts lindos e cheios de mimos. Neles, a ordem é só levantar da espreguiçadeira ou largar a piscina com borda infinita para tomar um drinque colorido (cujo consumo normalmente está incluso, sem limite de quantidade, na diária), fazer massagens e eventualmente sair para um passeio que tire proveito do mar calmo protegido por barreiras de corais.

A região que hoje é conhecida como Punta Cana não passava, há cerca de 40 anos, de uma porção de terra selvagem no extremo leste do território dominicano. O lugar era exclusivamente habitado por um grupo de pescadores até que, em 1969, investidores dos Estados Unidos e do próprio país resolveram ganhar dinheiro com
o belo visual formado por areias claras, palmeiras e águas calmas.

De hotel em hotel, passando pela inauguração do aeroporto internacional, em 1984, Punta Cana consagrou-se
como um dos points prediletos dos que preferem um estilo de viagem mais lento.

Resort em Punta Cana

A estrutura de clube dos resorts que se espalham pelas praias está lá justamente para isso. Neles, os hóspedes encontram de tudo: vários restaurantes (inclusive temáticos), boates, lojas, kids club, teatro, cassino, quadras esportivas, spas e outras cositas más. Sem falar na facilidade que é ter todas as refeições bebidas e mesmo o consumo de frigobar inclusos no valor da diária, pela qual se paga um preço que é um baita incentivo.

A Praia Bávaro é a mais famosa do balneário: são cerca de 2 km de faixa de areia fofa e branquinha
banhados por águas cristalinas – exatamente com aquela cor que se espera quando o assunto é Caribe.
A orla envolvida por coqueiros vale a caminhada pelo simples prazer de acompanhar as diversas nuances de azul e verde que pintam o mar. Se quiser tranquilidade máxima, prefira fazer sua corrida ou caminhada nas primeiras horas do dia.

Praia Bávaro

Existem agradáveis passeios possíveis para se fazer nos arredores. Um dos tours mais desejados é o que leva à Ilha Saona, que muita gente de la afirma ter servido de cenário para as filmagens de A Lagoa Azul (1980). Na realidade, o longa foi gravado nas Ilhas Fiji, no Pacífico. A mentirinha, porém, não compromete o passeio, até porque a região realmente tem vocação, e beleza, para ser cenário de filme.

A excursão, a cerca de US$ 100 por pessoa (julho 2014) parte de catamarã de fica a uma hora e meia de carro de Punta Cana. Os lances bacanas já começam no caminho de ida, quando o condutor da embarcação para em meio ao
mar aberto, onde surge uma piscina natural com um pouco mais de 1,5 metro de profundidade em que reinam as estrelas-do-mar.

Ilha Saona

A excursão a Dolphin Island – complexo flutuante em alto-mar que dispõe de tanques para a criação de animais marinhos – é outra atividade que consegue arrancar os turistas do dolce far niente nos resorts. O grande público frequentador são as famílias com crianças (com idade mínima de 8 anos), já que o highlight do passeio é uma
sessão de nado com golfinhos.

Durante a atividade, que dura aproximadamente 40 minutos, os 12 fofitchos mamíferos, adestrados por treinadores experientes, executam acrobacias e movimentos com as nadadeiras, e brincam com cada um dos visitantes. Rola até beijinho no rosto dos turistas. Deficientes físicos e pessoas com necessidades especiais encontram total acessibilidade e contam com monitores exclusivos.

Num tanque ao lado ainda é possível, em um mergulho com snorkel, chegar bem perto de arraias e tubarões – que os funcionários locais garantem ser vegetarianos. O pacote custa US$ 115 por pessoa (julho de 2014), e quem quiser guardar registros do tour ainda desembolsa, no mínimo, mais US$ 40 (julho de 2014) pelo serviço do fotógrafo (câmeras a tiracolo não são permitidas).

O passeio ao Reef Explorer segue a linha de Dolphin Island, só que não tem golfinhos e envolve esportes aquáticos e doses generosas de relaxamento. Nessa plataforma flutuante, depois de também mergulhar para observar arraias e
tubarões, pode-se praticar atividades como stand up paddle, caiaque e canoagem.

Entre uma brincadeira e outra, é possível enganar o estômago com snacks e frutas tropicais servidos no bar. Mas o que os visitantes aproveitam mesmo por lá são as sessões de massagem: há opções com pedras, conchas e reflexologia nos pés. Tratamentos caprichados e feitos em cabines com vista para o arrebatador Mar do Caribe.

Nos últimos momentos do passeio – que custa US$ 128 por pessoa (julho de 2014), e dura aproximadamente três horas e meia -, os funcionários servem uma rodada de mamajuana, bebida típica que os dominicanos juram
ter poderes afrodisíacos. O drinque de cor avermelhada e aroma intenso é preparado com rum branco, vinho tinto, ervas, canela e mel.

Em Punta Cana, a alta temporada vai do Natal até a Páscoa, época em que as chuvas são menos frequentes e os preços sobem. Nos outros meses, os valores baixam e a frequência de chuvas sobe um pouco, mas sol e calor são presença constante (a temperatura média anual é de 26 °C). O balneário fica na rota dos furacões entre julho e novembro, mas a probabilidade de um fenômeno do tipo atingir o lugar costuma ser remota.

Informações Gerais

Documentos exigidos para entrada na República Dominicana: além de passaporte válido pelo menos seis meses
após a data da viagem, é necessário pagar uma taxa de US$ 10 no desembarque em Punta Cana
Moeda: peso dominicano, mas a maioria dos estabelecimentos comerciais também aceita pagamento com dólar
norte-americano
Cotação: 1 peso dominicano vale R$ 0,05 (cotação de junho de 2014)
Fuso horário: duas horas a menos em relação a Brasília

Tempo sugerido de roteiro: de 3 a 4 dias.

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