Coimbra

A cidade tem um movimentado centro, que de abre a partir da Praça do Comércio.

No altar do Convento de Santa Clara Nova, está o caixão da rainha Isabel de Aragão, considerada santa.

Do convento se garante uma foto de cartão-postal, com a universidade – uma da mais antigas do mundo e de grande prestígio na Europa – e o casario a sua volta refletidos no Rio Mondego.

Grande atração local, a universidade foi fundada por D. Dinis, marido da rainha santa, em 1290. Cruzar o Arco da Almedina e perambular pelas ladeiras que leva até ela já rende um belo passeio e, uma vez no grande pátio do centro acadêmico, visite a Biblioteca Joanina, a Sala dos Capelos e a Capela de São Miguel. Não se assuste se durante a sua visita a cabra, como é chamado o sino da faculdade, começar a tocar. Ela e também a Torre do Relógio, são os símbolos de Coimbra.

Depois, tome o caminho da Baixa, o centrinho medieval, e perca-se por seus labirintos. É lá que está a Igreja de Santa Cruz, onde Santo Antônio foi ordenado padre, no séc. 13 e onde estão enterrados o primeiro e segundo reis de Portugal.

Ali pertinho há a pequena Pastelaria Palmeira, que tem um dos melhores pastéis de nata de todo o país. Na porta ao lado, está a farmácia central, a mais antiga da cidade, onde os turistas costumam entrar para dar uma espiada.

Para quem está viajando com crianças, vale ir até o Portugal dos Pequenitos. O parque, ao lado da Quinta das Lágrimas, exibe réplicas de monumentos e de casas típicas de todas as regiões portuguesas.

Curiosidade

Quando uma pessoa quer se referir a algo que não tem mais como consertar ou não tem mais jeito, é comum dizer “agora a Inês é morta”, sem ter a menor ideia de que, por trás dessa expressão, existe uma linda e trágica história de amor, a qual se desenrolou em Coimbra. Foi o romance, no século 14, do príncipe herdeiro Pedro (neto da rainha santa) com Inês de Castro.

Pedro era casado e se apaixonou por Inês, dama de companhia de sua mulher. Embora fosse um amor proibido, eles não o negaram. Mesmo depois de Pedro ter ficado viúvo, o relacionamento dos dois continuou sendo mal visto pela corte e por seu pai, o rei Dom Afonso IV, o qual mandou assassinar Inês durante uma viagem do filho.

Pedro entrou em confronto com o pai e foi apaziguado pela mãe, a rainha Beatriz, mas jurou vingança. Assim, quando se tornou rei, além de caçar os assassinos, mandou que desenterrassem o corpo da amada e vestissem-na com trajes reais, para que fosse coroada rainha de Portugal. O rei ainda obrigou a corte a beijar a mão do cadáver.

Diz a lenda que Inês morreu perto de um laguinho chamado, Fonte das Lágrimas, em Coimbra, palacete hoje transformado em hotel de Luxo. Dizem os nativos, com todo tom dramático, peculiar dos portugueses, que a alma de Inês ainda percorre os jardins à procura de Pedro. Alguns também gostam de mostrar alguns fungos vermelhos ao fundo do casarão, garantindo que é o sangue da rainha morta que ali permaneceu. Lendas à parte, o fato é que os benditos fungos já foram bastante estudados e, até onde se descobriu, existem apenas nessa pequena parte do lago.

Tempo sugerido do roteiro: 2 dias
Nível de interesse: ✰✰✰

 

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