Mianmar

Mianmar ainda é um país desconhecido. Cerca de 300 mil turistas visitaram o país em 2010.

Visitar Mianmar é uma experiência que preserva a sensação de primeira viagem ao exterior. Nas primeiras voltas, já é possível notar as complexas influências que o moldaram, como o budismo, a herança do império britânico, a diversidade étnica da população e a longa história imperial dos birmaneses.

Mianmar é um lugar profundamente religioso, onde 90% das pessoas seguem a escola Theravada do budismo.  Monges de túnica marrom e laranja em feiras de túnicas cor-de-rosa, segurando sobrinhas estão por toda parte.

Ava

Há pouca coisa indicando que esse lugar já foi uma das maiores capitais reais da Birmânia. Do século 11 até a chegada dos britânicos, em meados de 19, era uma importante potência da região. Em determinado período, incluía a Bangladesh de hoje e a Tailândia. Embora governado por monarcas birmaneses, o país era uma colcha de retalhos de nacionalidade.

As portas de entradas de tijolos vermelhos de Ava ainda estão ali, e há uma antiga torre de observação no centro da cidade. Em 1838 um terremoto derrubou 2 m de um de seus lados. Do topo precário é possível ver outros remanescentes da cidade real: dois mosteiros, outra porta de entrada, dois reservatórios de água para se banhar. Mas o resto da paisagem de árvores cabanas de bambu, vacas magras e carros de boi.

Sagaing

Do outro lado Irrawaddy mais de 2 mil templos budistas pontuam as colinas de Sagaing, com telhados dourados reluzentes entre árvore. Esse é um lugar de oração e aprendizado.

Lago Inle

Mais de 300 km a sudeste de Mandalay fica o Lago Inle. De avião, é mais ou menos uma hora de viagem sobre uma paisagem de pequenos campos, cabanas e templos. É um lugar sem água e sem eletricidade, onde agricultura assume formas medievais. Comprido e estreito, o Inle é um lago de beleza arrebatadora.

Na vila de Inn Dein, na extremidade oeste do lago, os vendedores começam a chegar antes das 6 horas para o mercado semanal. Para ir até o comércio, há um barco de madeira em formato de charuto, que desliza por um longo canal e passa por libélulas e jacintos. No mercado, diferentes povos do lago se encontram e interagem em benefício mútuo.

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Bagan

Bagan é o monumento cultural de maior destaque em Mianmar. A cidade dista apenas 128 km de Mandalay, mas a estrada é tão ruim que a maioria dos  visitantes prefere ir de avião ou de barco.

Entre os séculos 11 e 13, Bagan era um lugar rico e cosmopolita, com ligações com Sri Lanka, Índiam Tailândia e China, e sua riqueza era investida em construções religiosas. Apenas uma fração da cidade original continua de pé, mas, em idade e dimensão, as ruínas lembram os templos angkorianos do Camboja.

Pedalando por caminhos de terra, qualquer um perde-se rapidamente entre milhares de pagodes que cobrem os campos à beira do Irrawaddy. São templos de todos os tamanhos – alguns com mais de 60 metros de altura. Muitos têm formato de sino, mas outros são bastante estranhos: o Thammayangyi é uma pirâmide com degraus nas laterais, como um templo maia, enquanto o stupa (mausoléu) central dourado do Ananda lembra um ovo Fabergé.

Veja o sol cair do alto do Shwesandaw Paya, o mais famoso pagode de “pôr do sol” de Bagan.

Informações Úteis:

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Tempo sugerido de roteiro: 5, 7 ou 10 dias

 

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