Bali, Indonésia

Bali é apenas uma das mais de 17 mil ilhas que formam a Indonésia, as quais se esparramam do Sudeste Asiático em direção à Austrália. Essa enormidade de pedaços de terra cercados por água garantem ao país o título de maior arquipélago do globo.

Contraditória, a ilha tem maioria hindu, enquanto a Indonésia é o país com maior percentual islâmico do mundo em sua população (88%). E, apesar de estar rodeada
de água por todos os lados, boa parte dos turistas está mais interessada nas atrações do interior da ilha do que nas praias, sucesso entre surfistas.

Ubud

A Bali que fascina mesmo os viajantes é mais verde e tranquila, tomada por templos, motocicletas e arrozais. Sua grande vedete atende pelo nome de Ubud.

Ubud é o epicentro cultural de Bali e sintetiza a essência da ilha: é um vilarejo pacato, com templos a cada esquina, templos a cada esquina, mercados coloridos e adoravelmente caóticos, motos carregando famílias inteiras e gente simpática em toda parte. Outra característica local é a religiosidade: os moradores deixam os afazeres várias vezes ao dia para rezar e prestar homenagens nos muitos templos hindus e as
cestinhas de oferendas, com frutas e flores, também estão presentes à entrada de qualquer loja, restaurante ou barraquinha.

ubud-277349_1280
Palácio Real de Ubud

Vá ao Mercado Central de Ubud, além de flores, frutas, verduras e legumes, são vendidos ali camisetas, bijuterias e os batiks (pino turas sobre tecido) da ilha. Mais do que isso, o mercado e seus arredores são os melhores lugares para bater papo com os nativos e conhecer mais sobre os costumes dessa gente de sorriso aberto.

No mercado, estão os melhores preços de qualquer coisa que você pretenda adquirir e pechinchar faz parte do processo de compra e venda. Se você não gosta de tanta
negociação, não se desespere: ao contrário dos mercados árabes e turcos, lá a barganha não costumam passar de dois minutos. E as duas partes geralmente saem satisfeitas,
Isso depois, é claro, de ouvir o vendedor repetir algumas vezes que irá falir
se baixar tanto assim o preço. Quando ele concorda, enfim, repete o costumeiro ritual de esfregar a nota de dinheiro em outras mercadorias dizendo que é para dar sorte.

O centrinho de Ubud também é movimentado. Nessas ruelas empoeiradas enfileiram-se restaurantes, museus, lojas, galerias de arte e cafés. Aproveite para almoçar um pad thai (macarrão de arroz preparado à moda tailandesa).

À noite o pedaço segue como ponto de encontro de turistas. Além do burburinho nos cafés e restaurantes, vários templos se convertem em palco de shows folclóricos após às 19h. O melhor deles acontece nos templos do Palácio Real de Ubud, que hoje funciona como um centro cultural. À luz de lamparinas, o espaço recebe belas apresentações da tradicional dança legong. 

A exploração de Ubud se completa com a ida à Floresta Sagrada dos Macacos (Wenara Wana), que fica perto do centro. Ali, macacos de quatro espécies vivem soltos e os turistas conseguem chegar pertinho deles. Mas segure bem os seus pertences: frequentemente os bichos pegam comida, óculos e até celulares dos turistas desatentos.

46099793681_6433f7de5e_k
Floresta Sagrada dos Macacos

O cultivo do arroz faz parte da cultura balinesa desde o século 19. A beleza dos imensos terraços formados para receber as plantações casa, com perfeição, com a superfície montanhosa da ilha. Esse emblemático e vistoso visual é encontrado em toda a vizinhança de Ubud. De lá é muito fácil explorar a ilha tanto rumando para o litoral quanto para o interior.

Sul da Ilha

No alto de um precipício, na Península de Bukit, ao sul da ilha, o Templo de Uluwatu é provavelmente o mais icônico e um dos mais antigos, do século 11. Banhado pelas ondas que arrebentam na base do penhasco e visitado por macacos “ladrões”, o espaço fica lotado de turistas que vestem sarongues emprestados na entrada.

Todo fim de tarde são apresentadas ali danças folclóricas que os visitantes assistem sentados no chão.

Tanah Lot é outro templo que tem que fazer parte do roteiro. De manhã é o horário mais tranquilo para visitar o templo, já que o horário mais famoso é ao pôr-do-sol. Com menos turistas é bem mais fácil e prazeroso admirar a construção. Se puder vá bem cedo, na maré baixa, quando é possível caminhar pelas pedras e chegar bem perto da construção principal. Mias tarde, com a maré alta, o templo fica todo rodeado por água e, portanto, inacessível.

indonesia-1222597_1280
Templo de Tanah Lot

Besakih e Templo da Família Real

Vale esticar a jornada pelo interior para apreciar a beleza arquitetônica do Besakih. Erguido na encosta do vulcão Agung, considerado pelos balineses a morada de seus deuses, o Besakih é o maior, mais importante e sagrado templo de Bali, composto, na realidade, por uma série de templos interligados. Ele também é conhecido como Templo Mãe.

Vale visitar num mesmo passeio o Templo da Família Real (Pura Taman Ayun) já que as distâncias na ilha são curtas. Nesse segundo templo que é rodeado por impecáveis jardins, os monges são bastante simpáticos e abertos a conversar com os visitantes.

besakih-688759_1280
Besakih

Monte Batur

Trata-se na verdade é de um vulcão a 1710 metros de altitude, o que faz dele o ponto mais alto de Bali.

Os mais aventureiros podem apostar no tour que tem por objetivo atingir o cume do gigante. É uma caminhada puxada, dada a geografia íngreme do terreno, mas a vista da ilha que se tem lá do alto é arrebatadora. Os que não são tão esportistas assim sobrem de carro.

De Jimbaran a Seminyak (Praias de Bali)

Não espero pelo mar do Caribe, mas as ondas que quebram ali são celebradas internacionalmente. A cultura de praia em Bali é semelhando a brasileira: surfistas, esportistas e a turma da canga que só quer curtir um belo dia de sol.

Nem que seja por um dia, vale rodar a faixa de litoral que vai de Jimbaran a Seminyak. Kuta e Seminyak são as praias mais badaladas. Lá tem aulas de surfe, venderes de bugigangas e massagens e tatuagens feitas na areia, além das fervidas baladas.

Kuta é o point dos mochileiros e dos surfistas e a galera que domina o pedaço é bastante jovem.  Para a turma ligada nas compras, Kuta oferece o Beachwalk Mall, um enorme complexo de lojas, bares e lojas.

Já Seminyak é o endereço dos descolados e dos consumistas. A faixa de areia é famosa pelos beach lounges caprichados, decorados com pufes, tatames e almofadas coloridas onde nunca faltam música alto-astral para animar os frequentadores, assim como as festas que rolam quase todo fim de tarde.

Para quem viaja em família, a boa é frequentar Nusa Dua, que além de ser um must entre os praticantes de esportes náuticos e snorkel, reúne hotéis com melhor infraestrutura para os pequenos.

Se tudo isso ainda soar movimentado demais, então você vai se encontrar em Jimbaran, que junta praias vazias e todo sossego do mundo. Não é a toa que a vizinhança é o pedaço favorito dos casais em lua de mel.

Com jeito de vila de pescadores e parada no tempo, Jimbaran tem um dos mais interessantes mercados de peixe da ilha. Lá, você pode ver os pescadores irem e voltar do mar, conhecer as curiosas espécies daquelas águas e comprar peixe que pode ser preparado ali mesmo, seja no almoço ou no jantar.

bali-286817_1280
Praia de Nusa Dua

Culinária Balinesa

A culinária de Bali é cheia de delícias. O prato indonésio por excelência é o nasi goreng, arroz frito com molho de soja, legumes e carne (de vaca, porco ou frango) e que os nativos comem até no café da manhã.

Prove também o picante sambal, molho à base de chili que acompanha boa parte das receitas, entre elas o satay, um espetinho de carne com legumes) e o goregan, espécie de pasteizinhos fritos.

babi guling, porquinho assado com leite de coco, chili, alho e gengibre, agrada e, cheio os amantes de carne. É tão bom quanto o bebek goreng, pato frito em especiarias.

Deixe um comentário